Prepusa montana Mart.

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Nov. Gen. Sp. Pl. (Martius) ii. 121. t. 190. (IK).

Distribuição

Endêmica do Brasil, ocorre na região Nordeste (Bahia), na Chapada Diamantina (Calió et al., 2008; Calió & Guimarães, 2009; Calió, 2013), no Morro do Chapéu e Serra da Gobira, em altitude de 750 a 1.450 m, sendo considerada bem frequente na área (G. Martinelli 5275), contudo altamente fragmentada (Calió et al., 2008).

Ecologia

Arbusto ou árvore, de substrato rupícola, com até 3 m de altura (Calió, 2013), ocorre no Cerrado (Calió et al., 2008; Calió & Guimarães, 2009; Calió, 2013).

Reprodução

Encontrada com flores de fevereiro a outubro e com frutos em março (Calió et al., 2008; Calió & Guimarães, 2009). Prepusa montana apresenta floração anual com duração intermediária, em época seca. A maturação dos frutos inicia-se na estação seca e tem sua maior intensidade no início da estação chuvosa (Coelho & Machado, 2009). Em uma área de Campo Rupestre da Chapada Diamantina (Bahia), a floração em época de menor pluviosidade pode ser uma importante adaptação de P. montana, maximizando seu sucesso reprodutivo (Coelho & Machado, 2009). Suas flores têm características da síndrome quiropterofilia (Faegri & van der Pijl, 1979 apud Coelho & Machado, 2009), porém são visitadas por um grande número de grupos de animais (como beija-flores e abelhas) (Machado et al., 2007). A floração de P. montana está diretamente relacionada aos dias mais curtos e frios. Segundo Rivera & Borchert (2000), o declínio do fotoperíodo induz o início da floração de espécies em florestas secas. A influência da baixa temperatura na abertura floral em Gentianaceae foi também registrada por Ya-P et al. (2006 apud Coelho & Machado, 2009) em Gentiana straminea Maxim. As chuvas do início da estação chuvosa, no período de pico de dispersão dos diásporos, provoca a retirada das sementes dos frutos deiscentes de P. montana, levadas até os cursos d’água, onde são carregadas até outros pontos das margens até o micro ambiente adequado para seu estabelecimento (van der Pijl, 1982 apud Coelho; Machado, 2009).

Ameaças

3.2 Mining & quarrying
Incidência regional
Severidade very high
Detalhes O descobrimento das terras de Andaraí data de 1845 ou 1846, devendo-se ao ciclo dos minérios e pedras preciosas, com a difusão da grande fama das minas de Andaraí, assim como ocorreu no Morro do chapéu (IBGE, 2013).

2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded
Incidência regional
Severidade high
Detalhes A fertilidade do solo contribuiu para o desenvolvimento da agricultura no morro do chapéu (IBGE, 2013).

7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência regional
Severidade high
Detalhes O fogo é grande ameaça na região da Chapada Diamantina (MMA/ICMBIO, 2007).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: Presente no Parque Nacional da Chapada Diamantina, no Parque Estadual do Morro do Chapéu e no Parque Municipal do Mucugê (Guimarães, com. pess.).

Usos